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Prefeito de Monte Horebe, Marcos Eron participa do movimento “Sem FPM Não Dá”, na capital

Muitos prefeitos já ameaçam fazer cortes de despesas e reduzir número de servidores comissionados.

O prefeito de Monte Horebe Marcos Eron participou, em João Pessoa, nesta terça-feira (30), da manifestação “Sem FPM Não Dá!”, realizada pela FAMUP e que envolveu cerca de 200 prefeitos da Paraíba. A mobilização, que ocorre em todo o Nordeste e em municípios de outras regiões, somou 16 estados da federação que aderiram à mobilização, para mostrar as dificuldades enfrentadas com a queda do FPM, principal fonte de recursos para a sustentação dos municípios. Muitos prefeitos já ameaçam fazer cortes de despesas e reduzir número de servidores comissionados.

Presidente da Famup, George Coelho afirma que o FPM é a principal fonte da receita para as cidades pequenas, e contribui para custear despesas obrigatórias, como o pagamento de servidores públicos e da Previdência.

Segundo Coelho, as quedas dificultam a organização das contas e a execução de projetos e ações em benefício da população. “As prefeituras estão no vermelho e precisamos de uma solução urgente para isso. O Governo Federal e o Congresso precisam olhar para os municípios, pois a situação já se encontra insustentável, beirando um colapso”, afirma George Coelho.

Nos primeiros dez dias de agosto, o repasse foi 20,32% menor que os R$ 8,8 bilhões repassados no mesmo período em 2022. Em julho, a queda no FPM chegou a 34% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A CNM aponta que 51% dos municípios enfrentam dificuldades financeiras, especialmente pela queda de 23,54% no FPM em agosto e atrasos em outros repasses, como os royalties de minerais e petróleo.

De acordo com a Famup, os prefeitos paraibanos, ao lado de gestores de outras partes do Brasil, defendem três propostas como solução para o problema:

  • PEC 25/2022 (aumento de 1,5% no FPM)
  • PLP 94/2023 (recomposição de perdas do ICMS com um potencial benefício de R$ 6,8 bilhões para os 5.570 municípios brasileiros em três anos)
  • Projeto de Lei 334/2023 (redução da alíquota do RGPS para 8%)

Marcos Eron lembra que apesar da queda do FPM, Monte Horebe mantém seu equilíbrio financeiro. “Estamos com um caixa tranquilo e as finanças equilibradas, inaugurando e autorizando novas obras e ações, e mantendo em dia os nossos serviços públicos, mas compreendemos a situação dos municípios que dependem exclusivamente do FPM para sobreviverem a exemplo de Monte Horebe e, por isto, estou aqui para apoiar o movimento”, disse Marcos Eron.

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Redação

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