TJDF-PB proíbe final da 2ª Divisão do Campeonato Paraibano no Estádio Perpetão em Cajazeiras após episódios de violência; CONFIRA DECISÃO

O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Paraíba (TJDF-PB) determinou, por meio de decisão cautelar assinada pelo presidente Carlos Emílio Farias da Franca, a proibição da realização da final do Campeonato Paraibano da 2ª Divisão de 2025 no Estádio Perpetão, em Cajazeiras. A medida foi tomada em razão dos graves incidentes de violência e desordem registrados na partida entre Atlético de Cajazeiras e Desportiva Guarabira, ocorrida no último domingo (5). Clique aqui e veja a Decisão do TJDF-PB

De acordo com a súmula da árbitra Ruthyanna Camila M. da Silva, o confronto foi marcado por invasão de campo, agressões verbais e lançamento de objetos vindos da arquibancada, que atingiram o árbitro assistente Romário Medeiros — o qual precisou de atendimento médico e sutura no hospital regional. O documento relata ainda que dirigentes e o próprio presidente do Atlético de Cajazeiras, Paulo Roberto Lima Albuquerque, proferiram ofensas contra a árbitra, incluindo expressões de cunho ofensivo e misógino, o que agravou a gravidade da situação.

Diante dos fatos, o presidente do TJDF-PB deferiu parcialmente o pedido da Procuradoria de Justiça Desportiva, determinando a interdição imediata do Estádio Perpetão e a suspensão preventiva do presidente e de três dirigentes do Atlético de Cajazeiras — Matheus Alves, Francisco Thiago e Victor Anderson —, todos proibidos de adentrar o local da final. A decisão também exige que a Federação Paraibana de Futebol (FPF) indique, no prazo de 24 horas, um estádio alternativo e neutro com distância mínima de 100 quilômetros de Cajazeiras, garantindo segurança plena para atletas, arbitragem e torcedores.

Cumprindo a determinação judicial, a Federação confirmou nesta terça-feira (7) que a final entre Atlético de Cajazeiras e Confiança de Sapé será disputada no Estádio Amigão, em Campina Grande, na noite desta quarta-feira (8). O órgão ressaltou que seguirá as orientações do Tribunal e das forças de segurança para assegurar o bom andamento do evento esportivo.

Em sua decisão, o presidente do TJDF-PB afirmou que “atos de desonra, desrespeito e insultos dentro ou fora de campo, especialmente contra uma árbitra, são inaceitáveis e merecem o mais duro repúdio da Justiça Desportiva”. O magistrado destacou ainda o compromisso do Tribunal em zelar pela integridade física e moral de todos os profissionais envolvidos nas competições, reforçando que o futebol paraibano “não tolerará episódios de barbárie e desrespeito”.

Fonte: ExtraParaíba