A ex-secretária de Educação e pré-candidata a prefeita de Cajazeiras, Corrinha Delfino (Progressistas), acumulou cargos públicos de forma irregular, de acordo com relatório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Ela recebeu mais de R$ 1,6 milhão de forma suspeita.
Corrinha recebeu os proventos ocupando as vagas de secretária na gestão do prefeito Zé Aldemir (Progressistas), professora do município de Cachoeira dos Índios e gerente regional de Educação no Governo. Os cargos foram ocupados de maneira cumulativa entre 2013 e 2024.
A ex-secretária teria recebido mais de R$ 1.681.781,00 com acúmulo dos cargos públicos. “No período de janeiro de 2015 a maio de 2020 e de janeiro de 2023 até abril de 2024 (última informação constante do Sagres) acumulou indevidamente os cargos públicos nos municípios de Cachoeira dos Índios e Cajazeiras”, versa trecho do relatório. Confira lista com salários de Corrinha Delfino:
O TCE ressalta ainda o entendimento que o cargo de secretária não é cumulativo com outros vínculos públicos. Além disso, destaca que deve haver devolução aos cofres públicos.
“O acúmulo irregular dos cargos públicos, nos moldes em que se apresentam são passíveis de reposição aos Erários por parte da Srª Maria do Socorro Delfino Pereira”, consta no relatório da Corte de Contas.
Prefeitos atrapalham apuração
O prefeito Zé Aldemir, de Cajazeiras, e Allan Seixas, de Cachoeira dos Índios, estão dificultando a apuração do TCE sobre o acúmulo de cargos de Corrinha Delfino. Informação é explicitada no próprio relatório da Corte.
A partir disso, o relatório aponta para que os gestores sejam instado através de resolução do TCE para prestar as devidas informações solicitadas.
“Diante do exposto e considerando que os Srs. Allan Seixas de Souza (Prefeito de Cachoeira dos Índios) e José Aldemir Meireles de Almeida (Prefeito de Cajazeiras) obstacularam os trabalhos de apuração da presente denúncia, esta auditoria, opina no sentido de que esta Corte de Contas baixe resolução determinando prazo para que os citados gestores municipais encaminhem a este Tribunal as informações reclamadas”, finaliza o documento.